Querer dominar os pensamentos é uma forma de controle.
Não se pode
controlar os pensamentos, porque sua Fonte primeira é um pensamento.
Vocês são
procedentes do pensamento de Deus e vocês são, portanto, a materialização do
pensamento de Deus, através de sua encarnação nesta forma.
Vocês são a
verdade da encarnação do pensamento.
É questão
de superar, e não de controlar, a onda ininterrupta de suas agitações mentais
que não são pensamentos.
A primeira
etapa vai consistir em identificar, nesta onda e neste fluxo, o que provém do
mental do que provém do pensamento.
É preciso,
inicialmente, “fazer calar” o primeiro filtro.
O primeiro
filtro é procedente do que vocês chamam o mental.
O mental
cria, permanentemente, as ilusões mentais que vocês têm tendência a chamar de
pensamentos.
Entretanto,
o mundo do pensamento e o mundo do mental são separados, de maneira formal, por
um véu.
Esse véu
está, atualmente, sendo retirado das esferas de manifestações da humanidade em
encarnação.
Esses véus
foram colocados há certo tempo.
Eles
separaram, dissociaram, seu mental do que foi chamado, em termos exatos por um
de seus grandes sábios que se chamou Sri Aurobindo, o supramental.
Há,
portanto, um véu de isolamento entre o mental e o supramental.
A maior
parte das coisas a que vocês chamam pensamento vem, de fato, de seu mental
inferior.
Qual é a
particularidade desse mental?
O mental
funciona de acordo com um modo binário e dissociado, ou seja, por um conjunto
de informações vindas de seu ambiente, esse mental vai elaborar, através da
percepção pelos sentidos e, além dos sentidos, por certo número de ideias,
conceitos sob forma mental proveniente de sua própria percepção, de seu próprio
campo de experiências e de coerências que consiste em classificar e distanciar,
permanentemente, os elementos de escolha segundo um princípio dual.
O mental,
como vocês se apercebem cada vez mais frequentemente, apenas pode funcionar,
sempre, pela escolha, e essas escolhas estão ligada, elas mesmas, à noção de
divisão, enquanto que, no que é chamado o mundo do pensamento (ou seja, o mundo
tal como eu o nomeei, tal como o nomeou Sri Aurobindo, supramental), não existe
dissociação.
São os
mundos da Essência, da Luz, da forma, da vibração e do amorfo.
Quer dizer
que, naquele nível, não pode haver influência mental.
O
supramental é, por definição, o que está além do mental, ao nível vibratório,
no qual apenas existe a Luz pura e a felicidade pura, que foi chamada em
sânscrito Sat Shit Ananda.
Quando
vocês estão sob a influência de Sat Shit Ananda não pode haver dúvida e
dualidade, há unificação do campo de coerência do pensamento e, portanto,
unificação de seu modo de expressão através da Verdade e da Unidade.
Como eu
dizia, vocês não podem controlar os pensamentos.
Todo
problema que se situa no ser humano (quaisquer que sejam as escolhas de
experiência e de manifestação do referido problema) apenas pode se resolver
através de um nível sub-inferior e imediatamente superior e não ao nível onde é
gerado o problema e a problemática.
O que quer
dizer isso?
Isso quer
dizer que, para um ser humano que tem uma problemática situada ao nível do que
vocês chamariam, se bem compreendi, agitação mental e efervescência do mental,
a solução poderia ser se dizer «eu vou controlar esse mental e fazer secar a
onda dos pensamentos » que eu chamo, de fato, de pensamentos, mas que são
apenas uma agitação ou uma cogitação mental.
Esse
processo é perfeitamente conhecido.
Ele
corresponde ao que eu chamaria de algumas formas de meditação na vacuidade, no
vazio ou num apoio extremamente preciso.
Isso foi
perfeitamente estabelecido, por exemplo, no budismo que vocês chamam de
tibetano. Entretanto,
hoje, não se deve negligenciar o fato de que há, doravante, e desde já alguns
anos, e, sobretudo, desde algumas semanas, uma aproximação do plano do mental
inferior concreto, dual e do supramental.
A solução é
encontrar a chave e o acesso ao supramental.
Isso pode
ser realizado de múltiplas maneiras.
O contato
com a vibração e a radiação dos Arcanjos é uma.
O contato
com a vibração e a radiação do Ultravioleta é outra.
Questão:
quando as emoções se apresentam de maneira espontânea, que fazer?
Então, é preciso efetivamente compreender que refrear uma emoção é
absolutamente nefasto para seu corpo e para sua evolução.
Quer dizer
que vocês devem manifestar todas as emoções que se apresentam à sua
consciência?
Não, porque
a maior parte das emoções que são concebidas como reações com relação a uma
estimulação não vem sempre, obviamente, nem de sua consciência, nem de seu
próprio estado do momento.
É preciso
bem compreender que a emoção que se situa no presente toma sua fonte com
relação a um referencial passado.
A emoção
está ligada à manifestação de um presente reacional.
Entretanto,
esse presente reacional está sob a influência de condicionamentos anteriores
evocando em vocês, e chamando em vocês, uma resposta específica com relação aos
estímulos que foram colocados em evidência no instante que vocês vivem.
A
transcendência ligada à emergência do supramental e da Luz em vocês permite, de
modo natural, desconstruir, sem o querer, o que vocês chamam de emoções.
As emoções
correspondem a um vetor importante do ser humano, mas não participam de modo
algum da Luz.
A emoção,
hoje, lhes é encoberta em sua Essência.
O sentido
da emoção está ligado à participação de sua emoção num grupo.
Quer dizer
que, nos mundos não dissociados, evoluindo tanto na 3ª dimensão unificada como
nas dimensões que são de longe superiores, há possibilidade de se comunicar a
emoção, no conjunto do grupo, ou no conjunto da consciência coletiva das
pessoas que estão em relação, o que não é seu caso, hoje, nesse mundo
dissociado.
É preciso,
entretanto, compreender que as emoções que os animam estão ligadas, geralmente,
a reações relacionadas aos seus próprios condicionamentos.
A emoção em
si não é negativa, mas a emoção, tal como a vivem, em sua dimensão dissociada
é, obviamente, destrutiva, porque ela concorre a afastá-los da dimensão da Luz.
Assim,
alguns de vocês podem ter experimentado e vivido situações em que a emoção pôde
se traduzir por uma impressão de aproximação para com a Luz.
Isso é
verdade.
Mas,
entretanto, nem todas as emoções participam deste impulso para a Luz,
evidentemente.
A emoção
provoca certo número de movimentos da consciência.
Assim, há
certo número de emoções primárias.
Se tomo um
exemplo, a raiva, é algo cujo movimento é a elevação da consciência e da
energia, mas não para a Luz: a elevação e a ascensão, nesse caso, é para a
cabeça, ou seja, para o mental.
A emoção
raiva, qualquer que seja a manifestação, é uma emoção que vai reforçar o mental
e as concepções mentais errôneas.
Os medos,
do mesmo modo, fazem o movimento inverso da consciência, ou seja, o medo vai,
literalmente, arrastá-los num movimento para baixo.
Esse
movimento para baixo é uma atração para a cristalização no corpo.
Assim,
pode-se dizer que os medos são os elementos motores da cristalização de algumas
doenças que vocês chamam de câncer ou outras doenças ditas degenerativas, ou
seja, que provocam uma alteração da forma, seja de um órgão ou de uma função.
Questão:
como superar isso?
Há necessidade de deixar se manifestar, de modo muito mais importante, o que é
chamada a Alegria.
A Alegria
participa da manifestação e da expansão da Fonte.
Não pode
haver acesso à Fonte sem Alegria.
A Fonte é
Alegria.
Religar-se
à Fonte é aceitar que a Alegria é tudo, não no plano simbólico, mas no plano da
Verdade.
A coesão
dos mundos é assegurada pela Alegria.
A
manifestação de sua vida, mesmo se vocês a vivem num modo oposto à Alegria,
apenas pode existir porque há a Alegria.
Assim,
portanto, o que vocês chamam de Fonte, o que vocês chamam de Pai, o que vocês
chamam Arcanjos, participam de maneira inexorável e inevitável ao
estabelecimento da Alegria.
Não pode
ser de outro modo para o estabelecimento de sua Divindade em vocês.
Ser Divino
é ser feliz, é a mesma coisa.
Entretanto,
é preciso bem compreender que, hoje, a Alegria é um fenômeno procedente do
silêncio interior e do retorno ao Centro, mas a vida se manifesta como
expressão e como compreensão.
A expressão
vai para o exterior.
A
compreensão vai para o interior.
E esta
dinâmica interior/exterior, exterior/interior é a própria Essência do movimento
da vida e da dança de Shiva, se querem chamá-la assim.
Há tempo
para o silêncio.
Há tempo
para a expressão.
Há momentos
para a compreensão e para a vivência da Alegria.
Há momentos
para a expressão e relação desta Alegria com o que é exterior ou considerado
como exterior a você.
Não há,
portanto, permissão a obter.
Isso é
missão.
Não há
permissão, eu repito, e há missão.
A missão é
entrar na compreensão da Alegria através do silêncio interior, mas, obviamente,
de manifestação da Alegria através da expressão de "quem sou eu" e
"o que eu sou".
Portanto,
as duas são etapas que se sucedem no tempo e no espaço.
Questão: o
mental e as emoções giram por vezes como em círculo. Como fazer?
O movimento não é círculo.
O movimento
é extensão, o movimento é, por vezes, contração.
Entretanto,
você não é unicamente o resultado de seu passado, você é também o resultado de
seu futuro.
Você deve
definir seu presente por intermédio do que você deseja para seu futuro.
Você deseja
a Luz?
Então, se
sim, a Luz é expansão e permitirá vencer em você a contração ligada à inércia
do movimento que gira em círculo.
Isso está
além de uma compreensão mental, além de uma compreensão de suas próprias
emoções e a compreensão de sua problemática.
Isso é
aceitação.
A aceitação
da Luz, no sentido o mais nobre, permitirá a transfiguração desse movimento que
gira em círculo e a iluminação de seu passado, seu presente e de seu futuro.
Questão: de
onde vem a problemática do equilíbrio masculino/feminino?
O feminino é doação.
O feminino
participa de um movimento.
O masculino
é tomar.
Ele
participa de outro movimento.
Os dois
movimentos são complementares.
Expansão/contração.
Masculino/feminino.
Trata-se
exatamente do mesmo processo, entretanto, a resolução deste espaço de dualidade
masculino/feminino apenas se pode encontrar na reunificação do
masculino/feminino.
Isso será
realizado, de maneira completa e autêntica, pela associação da radiação do
Ultravioleta acoplado à energia do Espírito Santo, realizando para isso a
Unidade da Fonte.
Assim,
portanto, se deixar acalentar, em todos os sentidos do termo, pela Luz, pelo
supramental e pelo que é a própria Essência da Luz permitirá resolver esta
contradição.
Assim,
portanto, estando no movimento que se enrola nele mesmo, você não pode perceber
o movimento que se desenrola no exterior.
Isso
participa da mesma evidência e da mesma realidade.
O que você
expressa em masculino/feminino é outro modo de expressar o que você expressou
exatamente antes e a resposta é, portanto, a mesma.
Questão:
por que os espaços de silêncio me são cada vez mais necessários?
A Alegria preenche o vazio.
O que é o
vazio?
É sua
agitação mental.
A partir do
momento em que a Alegria se revela à sua Presença e em sua Presença, o que
acontece?
O mental
não pode mais existir.
Isso
explica os períodos de integração do silêncio através da Alegria.
A Alegria é
contrária à agitação, embora ela seja movimento.
Mas o
movimento não é agitação, o movimento é coordenação e coordenado.
Assim, a
agitação é apenas um movimento desordenado.
As palavras
são agitação, o mental é agitação, ele é princípio de divisão e princípio de
separação.
Assim,
portanto, quando vocês se aproximam da Unidade e da Unificação com sua Fonte,
evidentemente o silêncio vai se tornar cada vez mais importante e as palavras
cada vez menos significantes.
Assim,
portanto, mesmo as palavras que eu exprimo entre vocês hoje são destinadas a
fazer vibrar em vocês não mais seu mental, mas seu supramental.
Assim, os
jogos de palavras tornam-se jogos do Senhor.
Assim, os
jogos de palavras tornam-se os jogos da Alegria.
Questão: no
âmbito das evoluções que se vivem, qual é a melhor maneira de viver a relação
de casal?
Não há maneira.
A partir do
momento em que, numa relação de casal, o homem e a mulher estão no caminho, que
o caminho participe da mesma busca (por uma abordagem idêntica ou por uma
abordagem diferente, pouco importa), o essencial, na relação, é deixar o outro
livre.
A
verdadeira relação é a que emancipa e a que torna livre, a que permite dizer
que «o outro pode fazer o que ele quer, porque eu respeito».
Afirmando
em si sua individualidade, respeita-se a individualidade do outro.
Caminhar
junto permite se espelhar um no outro, se olhar um no outro.
Mas, a um
dado momento, convém compreender que se olhar não serve a nada mais, mesmo
caminhando junto.
A
verdadeira relação é a que libera.
A
verdadeira relação é a que emancipa, no sentido o mais nobre do termo, o que
quer dizer que, estando emancipados, vocês podem continuar a caminhar juntos,
no mesmo caminho, ma mesma Verdade, em sua própria Unidade.
O homem e a
mulher foram destinados a viver juntos, por quais razões?
Para
encontrarem o que lhes faltava ou o que lhes parecia faltar no interior de Si.
Havia
identificação na imagem amada, na imagem desejada.
Na imagem
que trazia a firmeza de uma relação estável, havia a busca do que se chamava,
do que vocês chamam, a incompletude em Si.
Ora, hoje,
o que acontece ?
Vocês se
apercebem, e vocês vivem, que vocês são completos, sozinhos, obviamente.
Mas ser
completo sozinho não quer dizer viver só, bem ao contrário.
Ser
completo sozinho quer dizer ser capaz de manifestar no exterior esta completude
e não há nada de mais belo do que observar a completude de um e de outro.
Naquele momento,
vocês não se olham mais como indivíduo, vocês se olham como Fonte.
A Fonte
contempla a Fonte.
Isso é o
sucesso da relação a dois.
Não há mais
confinamento, não há mais separação, mas há ressonância.
A partir
daquele momento, quando há essa identificação, a relação é sublimada e ela se
torna liberta.
Questão: as
vidas passadas têm ainda influências?
Vocês sofrem, por sua presença nesta dimensão dissociada, o peso de seu
passado.
O peso de
seu passado é, hoje, ativo em vocês, é claro.
Mas,
entretanto, vocês devem resolver esse passado, assim como foi dito, eu creio,
pelo Arcanjo Miguel.
Vocês
entraram na era do Karmayoga, o que quer dizer isso?
Isso quer
dizer que vocês devem enfrentar (e não confrontar), não no sentido de se bater,
mas enfrentar no sentido de se ver e compreender e integrar que vocês são sim,
efetivamente, o resultado de suas encarnações.
Eu ia dizer
internamentos [confinamentos], mas é exatamente a mesma coisa.
Suas
encarnações foram especificamente internamentos nesta dimensão.
Vocês são,
portanto, de maneira inegável e inexorável, o resultado de seu passado.
Mas, hoje,
é-lhes oferecida a possibilidade, pelo Karmayoga, de resolver seu passado.
Há,
portanto, uma demanda, em seu sistema solar, para integrar sua nova dimensão,
que é seu veículo de Eternidade e seu veículo de Existência.
É a mesma
coisa.
Entretanto,
vocês não podem penetrar inteiramente seu veículo de Existência ou de
Eternidade estando ainda submisso aos pesos do passado.
Assim,
quaisquer que sejam, mesmo, suas horas gloriosas (e houve, para cada um de
vocês), quaisquer que sejam suas horas sombrias (e houve, para cada um de
vocês), hoje, cabe-lhes transcender essas horas gloriosas e essas horas
sombrias para a Luz de seu veículo de Eternidade.
Esse é seu
destino, hoje, porque o peso não deve mais ser seu caminho.
Vocês estão
num período de alívio, vocês estão num período de liberação.
Assim,
vocês não devem mais voltar seu olhar para o passado, qualquer que seja a Luz
de que tenha sido portador esse passado.
Vocês devem
portar a Luz do presente.
Entretanto,
não se pode negar que você é o resultado desse passado, mas é, também, a
conjunção (ou você é também o resultado) de seu futuro, e isso se define pela
presença a você mesmo, em seu veículo multidimensional e na Alegria da Presença
a quem você é.
A Presença
e a Alegria de quem você é se traduz por nenhum apego ao passado ou ao futuro.
É a
conjunção de seu futuro que vem a você com a conjunção de seu passado que vem a
você, também, não para se revelar em sua consciência, em suas manifestações,
mas para se transcender na Alegria e na Presença da Alegria.
Questão:
tem-se a possibilidade de modificar as escolhas de alma que se fez antes da
encarnação?
Vocês todos se encarnaram com uma escolha de alma, o que eu chamaria, antes, um
projeto de alma e um destino de alma.
Entretanto,
hoje, o destino de sua alma individual encontra-se confrontado e afrontado com
o destino da alma coletiva do planeta, que é o não retorno, ou o retorno à Luz,
nos mundos Unificados.
Assim, seu
caminho de alma, a idade que vocês têm hoje, as portas que vocês tomaram, as
pessoas com quem vocês estão em relação, vão lhes permitir fazer as escolhas da
Luz, ou da não Luz.
Não há aí
qualquer julgamento.
Entretanto,
as escolhas de alma que vocês fizeram lhes são próprias.
Mas a
escolha de alma da humanidade, hoje, em sua totalidade, vem, por vezes,
desvia-los de sua escolha de alma.
Isso não é
punição, isso é revelação.
Assim,
vocês devem aceitar os movimentos ligados a essa escolha da alma coletiva que
se manifesta, hoje, na radiação da Presença do Ultravioleta, da Presença do
Conclave Arcangélico e da Presença das cinco entidades que governam seus
mundos.
Não há
discrepância naquele nível.
Há: vocês
querem continuar seus caminhos de internamento ou vocês querem se juntar aos
caminhos da liberação?
Talvez
vocês não tenham terminado seus internamentos.
Talvez lhes
seja possível fazer crescer ainda mais a Luz que vocês são, manifestando-a
ainda mais e submetendo-se ainda mais à lei de internamento.
Quando
Cristo dizia: "os primeiros serão os últimos", o que ele queria
dizer?
Ele queria
dizer, por esse princípio, que mesmo os que hoje se opõem à sua liberação (por
medo, por convicção) não devem ser julgados.
Por que?
Porque eles
são, do mesmo modo que vocês, os cavaleiros da Luz que vêm reforçar sua própria
Luz, opondo-se à Luz e ao estabelecimento da Luz.
Eles se
tornarão, em outros tempos e em outros espaços, grandes Guias de outras
humanidades em fase de revelação de sua Luz.
Assim,
aqueles a quem vocês chamam, hoje, as forças sombrias ou as forças involutivas,
são involutivas apenas pelo jogo.
Não lhes
cabe apontar o dedo, não lhes cabe lutar contra.
Cabe-lhes
aceitar simplesmente a Luz que vocês são.
Se eles não
a aceitam, isso não compete a vocês, isso compete a eles, mas abençoe-os,
porque eles lhes permitem revelar sua Luz e eles são os que, nos tempos de
outros lugares, serão os seres certamente muito mais luminosos que vocês, em um
determinado momento.
Assim, eles
merecem seu Amor.
Questão: é
verdade que nosso corpo foi criado por sete criadores?
É exato dizer que a criação desse mundo, e o próprio princípio desta encarnação
dissociada foi iniciada por aqueles que representam, hoje, o Conclave
Arcangélico.
Nós somos
sete Arcanjos.
Nós somos
sete a ter participado da criação desse mundo.
Entretanto,
há um que, hoje, não faz mais, de maneira temporária, parte desse Conclave,
porque ele foi o Arcanjo bem amado do Pai, que foi chamado Lúcifer.
Lúcifer
lhes permitiu viver o conhecimento.
Lúcifer não
é o Diabo.
Lúcifer é
aquele que lhes trouxe, no sentido próprio como no sentido figurado, a
liberação, mas a liberação pela cabeça e não pelo coração.
A liberação
pelo coração, assim como o queria a Fonte, foi realizada pela encarnação e o
sacrifício do Cristo.
Entretanto,
hoje, essas etapas passadas, ilustrando as lutas de acordo com dois pontos de
vista que podiam parecer, a princípio, opostos, estão, hoje, num espaço de
resolução.
Não há mais
oposição entre o princípio que vocês chamam da cabeça e o princípio do coração.
Os dois se
juntam numa unidade.
Obviamente,
manifestar um corpo, tão Divino que seja, pela vontade Divina (seu Templo,
assim como o disse Cristo) é seu Templo Divino.
Não há
diferença entre esse corpo de carne que vocês habitam e a Divindade.
Não poderia
subsistir um milionésimo de milionésimo de segundo se não fosse habitado pelo
Princípio da Luz.
Entretanto,
esse corpo expressa, efetivamente, zonas que recusaram a Luz.
Desse
princípio de oposição e de confrontação a vida se tornou possível.
A vida da
entidade dissociada que vocês habitam (no entanto, de princípio Divino) está em
relação com esse princípio de confrontação, de atrito e de oposição.
É isso
mesmo que perdeu, e que tornou possível, num primeiro tempo, a manifestação
desse corpo denso, dissociado.
Assim,
portanto, agradeçam às forças evolutivas e às forças involutivas que lhes
permitiram, como seres de Luz, reforçar sua Luz pela experimentação desse mundo
e de seu sofrimento.
Assim, a
Luz e a Sombra coexistem em cada um.
Se vocês
fossem Luz, vocês não poderiam mais habitar esse corpo e, no entanto, esse
corpo é o Templo da Luz.
É por isso
que vocês realizam, cada vez mais numerosos sobre o planeta, a existência de um
outro corpo do qual vocês não tinham consciência, que está bem além do que
vocês chamam de seus envelopes sutis.
Ele era
chamado, até o presente, a centelha Divina.
Centelha
Divina porque se refletia isso através de um ponto, mas, na realidade, nos
mundos não dissociados, não é um ponto, mas um corpo de Eternidade.
Esse corpo
de Eternidade e de Existência é aquele que está se aproximando e se revelando
em sua consciência dissociada.
A partir do
momento em que vocês efetuarem a transição, ou a translação, nesse veículo
multidimensional, vocês não habitarão mais esse corpo de terceira dimensão.
Ele será,
em todos os sentidos do termo, um despojo.
Questão:
mas há partes do corpo, apesar de tudo, que resistem?
Isso faz parte do princípio do jogo da encarnação.
As zonas
resistem, as zonas de Sombra resistem à Luz.
Mas, quanto
mais a Luz crescer em vocês, quanto mais esse veículo de eternidade se
aproximar desse corpo denso e desses corpos sutis, mais se tornará fácil fazer
cessar esta Sombra.
A Luz
ilumina a Sombra.
A Sombra é
apenas a Luz ainda não iluminada, simplesmente.
Assim,
portanto, estar consciente do combate não serve, ao limite, a grande coisa
porque, a partir do momento em que vocês colocam o olhar no combate, vocês
participam do combate, ao nível de sua consciência.
Questão:
tenho memórias fortes de passados religiosos. Isso significa que é preciso,
hoje, que eu vá nesse sentido?
O importante é o que está em seu coração.
O apego a
tradições às quais você é remetida necessita de um espaço de resolução em você.
O
importante não é o apego a um movimento, mas o que você manifestou, em suas
vidas passadas, nesses movimentos.
É isso que
você deve reencontrar: o Espírito do movimento, e não o movimento em si.
O próprio
princípio de sua ascensão está inscrito nisso.
Não é
questão, através disso, de refazer reviver o passado, mas de liberar o passado.
Liberar o
passado é outra coisa.
A
conscientização do que você foi é uma realidade.
Entretanto,
não há, nisso, adesão.
Deve haver
liberação.
Os modelos
criados por esse mundo, todos, foram autênticos e de Essência Divina. Seja o
movimento religioso, seja o budismo, sejam algumas religiões esquecidas sobre a
Terra, elas tiveram seu papel, elas tiveram suas funções.
Mas, hoje,
é-lhes solicitado adotar um espaço de resolução que eu chamei, que Miguel
chamou, de Karmayoga, não para despertar essas memórias, mas transcendê-las;
O que isso
quer dizer?
Liberar-se
e reencontrar a quintessência do que vocês viveram no momento dessas
encarnações.
Não o peso
da densidade da experiência, mas a quintessência.
Não é a
mesma coisa.
Assim como
eu dizia, vocês são o resultado de seu passado, mas esse passado é feito para
ser superado, não é?
Portanto,
superar esse passado é aceitá-lo, acolhê-lo e convertê-lo na Luz que vocês
vivem.
É apenas
através desta conversão, real, total, de seu ser, que vocês chegarão à Luz.
É-lhes,
efetivamente solicitada, hoje, uma conversão real.
Questão: é
útil conhecer o passado, independentemente do que aconteceu?
O que é útil para um é inútil para o outro.
Você pode
ter a consciência de todos os mistérios do Universo, você pode falar, como
dizia São Paulo em sua epístola, a língua dos deuses, você pode falar a língua
dos Anjos, você pode ter a fé para deslocar as montanhas, se lhe falta o Amor,
você não é nada.
O
importante é o Amor (para além das religiões, para além das crenças, para além
de seu passado) e sua aptidão para manifestar o Amor, para olhar seus irmãos e
irmãs, qualquer que seja o papel deles na Presença na relação com você, se você
olha com Amor e expressa a vibração do Amor e não, unicamente, como conceito
mental, mas como vibração real existente na presença do Eu Sou.
Então,
alguns seres, sim, resolvem o Karmayoga deles pelo conhecimento de sua filiação
passada, presente e futura.
Outros,
cujo caminho é o da simplicidade, não têm que se embaraçar com este
conhecimento que, de uma maneira ou de outra, apresenta um peso a superar e a
transcender.
Alguns têm
um acesso direto à dimensão do coração, mas o mental deles quer fazê-los crer
que eles têm necessidade de conhecer e de reconhecer o passado, ou o futuro,
para estar no coração.
Entretanto,
é preciso bem compreender que o que vocês vivem, ou têm a viver, é apenas
função do que, para vocês, é alívio.
Portanto,
todos os caminhos são diferentes, mas todos os caminhos levam ao coração.
Se a
Presença manifesta à sua consciência reminiscências de suas Presenças passadas
na densidade, você deve aceitá-las e integrá-las.
Se você as
busca, ativamente, através do que lhe dizem alguns seres, ou através do que lhe
diz seu mental, isso a nada serve.
É preciso
diferenciar o que é Presença passada, manifestada em sua Presença, hoje,
do que é sugerido ou imposto do exterior por seu mental e pelos seres.
A solução,
portanto, é o coração.
Se você
pode colocar sua consciência em seu coração, fazendo abstração mesmo do
karmayoga do que você foi, você não tem mais necessidade de dada mais.
Viver o
coração é viver a Vibração da Presença.
Isso é
manifestação, magnitude e atração.
Não pode
haver dimensão do coração afirmado pela cabeça.
Não pode
haver dimensão do coração a não ser pela Vibração da presença e a Vibração da
Alegria, na Existência.
O acesso a
esse veículo de Eternidade apenas se pode fazer através da porta do coração,
assim como lhes disse Miguel, e a colocação em ressonância do Verbo Criador.
«No início
era o Verbo», «no início era a Presença», «no início era a Luz», «o Espírito de
Deus flutuava sobre as águas», corresponde à junção do Verbo criador e da
Presença.
A Presença
e o Verbo Criador reúnem-se para fazer o milagre da Unidade.
A Unidade
manifestada corresponde, portanto, à colocação em Vibração da Presença no
coração.
Trata-se,
portanto, do coração, não expresso pelas palavras, mas o coração vivido pela
radiação da Presença, que corresponde à percepção consciente do espaço sagrado
de seu peito.
Isso é o
que deve ocupar suas noites e seus dias.
sublevação
Vocês devem
conseguir centrar sua consciência na Vibração da Presença, que é seu coração.
Esta não é
visão do espírito ou do mental, mas é consciência real, Vibratória, da
Presença em sua Eternidade.
Isso apenas
pode ser realizado no coração.
Questão:
minha vida afetiva está um caos. Que fazer?
O caos, tal como você define, corresponde à realidade que vivem muitos seres
humanos, cada um em seus domínios, cada um em suas esferas de experiências.
Hoje, vocês
são não mais confrontados às suas sombras, mas confrontados à Luz.
A Luz
implica, em vocês, escolhas, caminhos e decisões.
Por vezes,
isso pode lhes parecer desconfortável, difícil, e pode, nesse caso, provocar
sentimentos de impaciência ou de injustiça ou qualquer outro sentimento
expressando-se naquela ocasião.
Vocês devem
estar lúcidos sobre o fato de que, tendo escolhido o caminho da Luz, que não é
a Luz que deve se afastar de vocês, qualquer que seja o preço.
Vocês não
têm os meios de compreender, inteiramente, o que acontece em suas vidas.
O abandono
à Luz, assim como o define o Arcanjo Miguel, é verdadeiramente o elemento motor
e o elemento fundador do que deve ser sua vida na Luz.
A Luz é
inteligência, eu repito, assim como eu o disse essa manhã.
A
inteligência da Luz é diferente de sua inteligência.
A
inteligência da Luz é a formação de sua vida nesses mundos dissociados.
Então,
paciência, seu caminho vai se iluminar muito proximamente.
Entretanto,
ele necessita esta iluminação: que você aceite confiar na Luz e em seu caminho
mais do que em seus desejos e em seus sonhos.
Portanto,
convém compreender que é necessário abandonar-se ao que se manifesta e ao que
vem a você.
Não há aí
nem recompensa, nem punição, mas somente retribuição, não de qualquer carma,
mas somente retribuição da Presença da Luz.
Todo ser
humano vive a Luz, cada um em função do que ele deseja, do que ele desejou.
Entretanto,
é preciso efetivamente compreender que as Luzes devem parecer diferentes.
Um segue um
caminho de Luz que lhe é próprio, o outro segue um caminho de Luz que lhe é
também próprio.
Não há
melhor caminho de Luz, não há caminho superior a outro.
Existem
caminhos nas vias evolutivas que são profundamente diferentes.
Alguns
seguem a Luz que eles sempre seguiram.
Outros
descobrem uma nova Luz.
As Luzes se
afastam por vezes.
Outras se
aproximam novamente.
A Luz
vivida por um não é a Luz vivida pelo outro.
Não há
desentendimento ou incompreensão da vivência do outro, mas, entretanto, a
vivência da Luz de cada um necessita um afastamento de cada uma dessas Luzes, o
que não quer dizer, com isso, que um está na Luz e ou outro está na Sombra.
Cada um
está na Luz, mas essas duas Luzes são diferentes e necessitam de uma separação
de caminhos.
Em
definitivo, toda Luz, qualquer que seja, se junta à Luz.
Mas isso
não é para agora.
A
decantação e a separação das Luzes é uma etapa indispensável.
A Luz que
evolui em um não pode ser a Luz que evolui no outro.
As Luzes
devem por vezes passar por períodos de isolamento, períodos de separação.
Definitivamente,
as Luzes se reencontram, mas não onde elas pensavam se reencontrar, não com
relação a um destino ou um caminho comum, mas com relação a um destino comum na
Luz.
É preciso
compreender que, nesse momento, vocês vivem um período que foi chamado, não por
mim, mas por outros Arcanjos, «os tempos reduzidos», esses tempos
reduzidos e ultra reduzidos correspondem à emergência da Luz em sua densidade,
em suas vidas.
É preciso
aceitar o presságio, é preciso aceitar a manifestação.
Isso é
muito mais importante do que seu caminho afetivo, do que seu caminho
profissional ou do que seu caminho familiar.
Há, para
isso, certo número de lutos temporários a fazer e a manifestar em sua vida.
Cada um
deve viver o que deve viver, independentemente de qualquer ambiente.
A Luz se
acolhe em si, e não através do olhar do outro.
É
necessário, portanto, nesses momentos, aceitar o que parece distância e
separação.
Não é nada.
Isso
corresponde a um processo de amadurecimento interior que passa por esta prova
de separação, aparente, em todo caso definido como tal na personalidade.
Questão: é
exato que, antes de se encarnar, e em função de nosso projeto de vida, almas
vêm nos acompanhar para nos ajudar a viver essas experiências?
O Anjo está a seu serviço, o Anjo Guardião, como o Arcanjo, como os Anjos
múltiplos da Criação, os acompanham ao longo de suas estradas e seus caminhos.
Entretanto,
crer que uma outra alma humana é dedicada para acompanhá-lo em seu caminho não
é sempre verdadeiro.
Crer que
sua encarnação é dependente em função de outras encarnações é um erro.
Outras
almas decidem não encarnar.
Algumas são
reencontradas em outros momentos, outras não são jamais reencontradas.
O
importante não é o destino fixo, o importante é a mutabilidade que se opera
nesses espaços da Criação, na dimensão.
Isso é
necessário.
Não há
obrigação para nenhuma alma de vir em encarnação.
Não há
obrigação de perdão ou de reparação.
Essa é uma
concepção humana ao nível da personalidade.
A alma que
se encarna decide fazê-lo, geralmente, efetivamente, para uma outra alma.
Mas isso se
vive, sobretudo, ao nível das relações, não de alma irmã, não de alma gêmea,
mas, efetivamente, ao nível dos carmas que há a ultrapassar, a superar, ao
nível de sua própria família.
O perdão
necessita da encarnação, num corpo, da densidade de DNA daquele que gerou o
sofrimento em você.
Portanto,
você se encarna para permitir àquele que o acolhe, como pai educador, superar e
perdoar.
Assim, o
carma não funciona no sentido que vocês creem: o carma funciona no outro
sentido.
Entretanto,
nenhuma alma carmicamente ligada a você é obrigada a seguir seu caminho nos
mundos da densidade.
Somente o
Anjo que lhe é atribuído, e os Anjos de uma maneira geral, os acompanham e lhes
permitem seguir sua estrada.
Mas,
quaisquer que sejam as ligações existentes com outras almas, elas não são
necessariamente obrigadas a cruzar com vocês no momento em que vocês mesmos o
desejaram.
O grau de
entrelaçamento e o grau de interdependência não é absolutamente tão formal
assim.
Há uma
liberdade bem maior do que a que vocês imaginam.
O perdão é
já constituído a partir do momento em que uma alma decide se encarnar em tal
densidade ao invés de tal outra.
A
encarnação, em si, é processo de perdão e não o caminho na encarnação.
Questão:
por que a abordagem da espiritualidade provoca medos em mim?
O homem é construído com relação a um passado.
O passado
tem medo do novo, o passado tem medo da novidade.
A
espiritualidade que descobre, através da Presença, outras dimensões, outras
manifestações e outras consciências, provoca, necessariamente, um medo.
Quem tem
medo não é sua alma.
Quem tem
medo é o mental, é o passado, porque ele tem medo de ser escondido sob o peso
da novidade.
Isso é
Verdade.
Toda
diligência de novidade implica num medo.
O homem é
construído assim, porque essa é sua estrutura nos mundos dissociados que vocês
percorrem.
O espaço da
dissociação é um espaço de medo, onde o próprio aprendizado é medo.
Não há que
dominar o medo, há que transcendê-lo e iluminá-lo pela Luz, porque o medo é o
oposto da Luz.
A Luz não
induz jamais a medos.
Mas a
reação à Luz, na densidade em que vocês vivem, é sempre medo: medo da novidade,
medo do desconhecido, medo do novo, porque o passado sabe que ele não poderá
mais controlar o novo e o novo vai se impor no passado.
A Luz vem a
você, a Luz bate à porta e pede um acolhimento sem condição.
Este
acolhimento sem condição é secessão do passado.
É o novo
que bate à porta, é o novo que permite a instauração de uma nova densidade,
muito mais etérea, muito mais leve e muito mais hábil a trabalhar no sentido de
sua Alegria, no sentido de sua liberação.
Não há
liberação, contrariamente ao que quer fazê-lo crer seu medo, no equilíbrio, na
verdade da vivência.
Apenas no
movimento e na novidade que se encontra o impulso da Luz e da Verdade.
Assim,
aceitar a Luz consiste em viver e em deixá-la trabalhar em você.
O medo não
pode se combater pelo medo, o medo não pode se combater pelo orgulho ou pela
vontade, o medo se transcende pela Luz.
Hoje, é
muito mais fácil realizar isso, porque a intensidade e a dose de Luz que lhes é
emitida é, a cada dia, muito mais importante.
Muitos de
vocês, seres humanos encarnados, sentem o apelo da Luz.
É um apelo
que corresponde a uma sede inscrita nesta densidade: o apelo para completar o
que está incompleto, o apelo para preencher o que está vazio.
As vidas
sem Luz são vidas pálidas, quaisquer que sejam.
Quaisquer
que sejam os prazeres que lhes são propostos, a verdadeira Alegria está para
além disso, porque a verdadeira Alegria participa da criação da Luz em sua
densidade.
Basta
aceitar isso para transcender o medo.
O medo não
pode se combater, o medo não pode se domesticar, ele pertence ao seu passado e
à sua construção.
O medo pode
apenas se «eliminar», através da reconexão e do reconhecimento da Luz.
Esta
trabalha em você a fim de liberá-lo e o mental, obviamente, tem medo disso,
porque ele sabe que a evolução da Luz, em sua Verdade e em sua densidade,
assinala o fim dele e ele não quer morrer e, no entanto, é preciso.
Questão: é
correto imaginar uma ruptura de relação para reencontrar a Luz?
Esse é o destino de muitas almas, atualmente.
Olhem ao
redor de vocês o que acontece nas relações estabelecidas nos modos antigos,
mesmo se esses modos antigos fossem busca de Luz autêntica.
Mas a Luz,
a busca da Luz autêntica na reunião de duas almas, é frequentemente a marca da
Luz do outro.
Vários
caminhos são chamados a se separar hoje, porque eles não participam mais do
mesmo plano evolutivo.
Obviamente,
ver isso com o olhar da afeição e da ligação, e não da relação, induz a uma
dificuldade de percepção da realidade do que eu exprimo.
Assim, a
parada de algumas relações conduz à concretização, em sua realidade, de sua
Luz.
A Luz que
vocês são não depende de ninguém, mesmo o ser amado, o mais querido que seja, o
mais profundo que seja, bem ao contrário.
O que não
impede a relação, obviamente, mas algumas formas de relação são marcadas pelo
que eu chamaria de forma de posse do outro.
A forma de
posse do outro é um caminho desviado que o ser humano, na densidade dividida,
expressou como Amor.
Isso não é
Amor, isso é posse.
O Amor é
liberação, o amor é liberdade, o amor é total aceitação do que é, em si, e no
outro.
Questão: a
noção de Guerreiro de Luz corresponde a uma realidade?
Os Guerreiros de Luz são os seres que fizeram o sacrifício de sua
Eternidade para virem, nesses mundos desta densidade e desta dissociação,
trazer a Luz.
Eles vinham
combater a Sombra, mas isso pertence a uma época terminada.
Hoje, os
Guerreiros da Luz não têm mais lugar de ser.
Hoje, vocês
se tornam a Luz, simplesmente, mas não os Guerreiros da Luz.
Vocês se
tornam os Portadores da Luz, vocês se tornam os Transmissores, os Mestres da
Luz, os criadores e co-criadores da Luz.
O Guerreiro
de Luz vinha se opor a um mundo e, por sua Presença, ele mantinha a coesão
desse mundo no limite da deslocação.
Mas não há
mais isso, uma vez que a Luz está entre vocês, uma vez que vocês são a Luz.
Os
Guerreiros da Luz vinham de vários mundos.
Nisso, eles
podiam expressar certo número de filiações.
Há
Guerreiros da Luz vindos de diferentes horizontes, de diferentes galáxias e de
diferentes mundos e de diferentes dimensões nos multiuniversos.
Isso não
tem importância.
O que é
importante, hoje, é realizar a Luz e não o Guerreiro da Luz.
Hoje, mais
do que nunca, pelos processos que vocês vivem, há abandono e aceitação da Luz.
Isso passa,
evidentemente, por aceitar a integração da Luz em vocês e não pelo fato de
combater com a Luz.
A Luz não
combate jamais, definitivamente.
Ele vinha
nesse mundo dissociado apenas para permitir a esse mundo dissociado prosseguir
sua estrada e evitar que ele fosse aniquilado pelos combates incessantes que
existem desde a criação desta dimensão.
Como vocês
sabem, esta dimensão é um campo de experiências, um campo de experiências
decretado por algumas forças, nas múltiplas dimensões, às quais à Fonte,
inicialmente se opôs, mas, finalmente, teve associada a aceitação de toda
Criação, porque a Fonte não pode agir de outro modo, definitivamente.
Assim,
durante esta época perturbada da Criação de sua densidade dissociada, era
necessário que os Guerreiros da Luz se encarnassem, mas, hoje, esses Guerreiros
devem se transformar em Luz pura, sem adjetivo rotulado.
Não há
Guerreiros de Luz, assim como hoje não há mais Servos da Luz, porque vocês se
tornaram, vocês mesmos, a Luz e é o que vocês vão se tornar cada vez mais.
Essa é a
estrita Verdade do que nós vemos desde nossa dimensão.
Entretanto,
existe uma distância temporal entre o que nós vemos e o que percebe seu ser,
nesta manifestação.
Ser a Luz é
ser.
Ser a Luz é
participar do movimento e da imobilidade, é participar da dança da vida, é
participar no ser, é não mais desempenhar papel, para Ser.
É esta
prova, esta revolução, que lhes é hoje solicitada aceitar e integrar em
sua Verdade.
Isto está a
caminhjo, isto é agora.
E aí, ainda
uma vez, há uma distância entre o que nós percebemos e o que vocês percebem.
Nós podemos
dizer que sua consciência está ainda separada.
Entretanto,
ela está a caminho para sua reunificação com a Unidade e a Divindade.
No mundo da
Unidade e da Divindade não há mais necessidade de Guerreiro, há apenas
necessidade de filiação.
A filiação
não se define com relação a um papel de Guerreiro.
A filiação
se define com relação, ao nível espiritual, à sua ressonância de afinidades com
tal ou tal corrente.
Existem
múltiplas nesta densidade.
Esta
descoberta, e a revelação desta filiação, ser-lhes-á fácil, progressivamente e
à medida dos tempos que vêm, mas cada um, ainda uma vez, vai no seu ritmo no
acolhimento da Luz, na revelação da Luz e, mesmo, na manifestação da Luz que
vocês são.
Nós vamos
passo a passo.
Esse passo
a passo, para nós, é um passo de gigante, para vocês ele pode tomar, por vezes,
a máscara da impaciência e, por vezes, da não compreensão, mas isso não é
grave.
Vocês podem
ter fé no que eu digo: sua Luz está aí, ela não tem mais necessidade de
combater, ela tem necessidade simplesmente de se desabrochar.
O
desabrochar não é combate, o desabrochar é dança, o desabrochar é aquiescência
à Verdade do que ela é.
Isto está a
caminho, em vocês, ao redor de vocês e entre vocês.
Eu preciso,
além disso que, em verdade, a Luz não pode combater, a Luz pode apenas se
estabelecer.
A Sombra
bem que gostaria que a Luz combatesse.
A Sombra é
sempre vencedora no combate, em contrapartida, a Luz é sempre vencedora no
abandono.
Isso pode
parecer difícil, para vocês que atravessaram esses mundos da encarnação, esses
mundos da luta, esses mundos da oposição e da confrontação.
Entretanto,
esta época está agora terminada, quase terminada.
Cabe-lhes,
portanto, fazer suas as palavras, ao nível da Criação, do que vocês são, ao
nível da Luz, e não mais entrar em reação com relação a isso.
Participar
da reação, da oposição e da resistência mantém a Sombra e não permite à Luz se
estabelecer.
Apenas na
aceitação, na aquiescência, no abandono à Luz que vocês encontrarão a Luz,
totalmente.
Se vocês se
colocam sob a influência da Luz e da Fonte, vocês não podem reencontrar a
Sombra.
Até uma
certa época, todo combatente ou Guerreiro da Luz era confrontado à Sombra: isso
fazia parte de um plano evolutivo hoje terminado.
Hoje, não
lhes é mais solicitado para se oporem.
A Luz não
se conquista, a Luz se aceita, porque ela está aí, não é a mesma coisa.
ANAEL – 4 de julho de 2009
DO SITE AUTRES DIMENSIONS
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