Mensagem
de Julie Redstone
30
de Maio de 2012.
Todos
os que verdadeiramente reconhecem a unidade do Ser existirão com humildade em
relação ao Todo. Pois tudo é sagrado e a humildade honra esta santidade e a
vastidão do que é mais real, mais vivo, mais digno. O exercício da humildade
vem naturalmente àqueles que existem em reverência como um estado de ser,
reverência pelo que há, reverência pela Unidade. Isto não tem que ser ensinado.
É parte da natureza essencial da alma.
E,
entretanto, muitos que se elevam no conhecimento espiritual e mesmo na luz espiritual,
começam a se afastarem do seu caminho em relação à humildade, enquanto o seu
conhecimento e o seu senso de retidão aumentam proporcionalmente. Nisto reside
a queda de muitos que ascenderam na luz. O ego, que não foi completamente
purificado, começa a se ligar à autoconsciência de ‘estar correto”, e em vez de
ver o Uno em toda parte, em todos os estágios do desdobramento, começa a
afirmar a sua “retidão” e a sua superioridade àqueles que estão menos “certos”.
Esta
é uma circunstância muito infeliz, espiritualmente, pois ela cria uma nuvem de
distorção ao redor das percepções muito espirituais que faziam parte da
elevação à luz maior. Assim, começa a misturar luz com escuridão, e
conhecimento com a fraude. Tal afastamento da pureza é encarado com tristeza a
partir do ponto de vista dos reinos espirituais, e aqueles que já se afastaram
da humildade para o território de afirmação de sua própria “retidão”, precisam
de restauração e de correção na direção da pureza e da verdade que eles
começaram a deixar para trás.
Existem
aquelas almas que caminham sobre a Terra da persuasão muito simples, que sentem
prazer na natureza de forma simples, que vivem com compaixão e bondade na
medida em que são capazes, que nunca precisam lidar com a questão da humildade.
Elas, como muitos dos povos indígenas da Terra, em todos os países e em todas
as culturas, têm um senso inato da vastidão do universo e da sacralidade da
vida que o preenche. Elas podem ser muito simples no conhecimento intelectual,
mas são profundos no conhecimento espiritual.
Este
nem sempre é o caso para aqueles que buscam um caminho espiritual de forma mais
consciente. Lá, ao longo do caminho, antes que a unidade do Todo se torne parte
da estrutura espiritual do seu ser, eles podem se perceber procurando brilhar
acima dos outros, em vez de através dos outros. Nisto, eles retêm a luz do sol,
mas não o seu calor, que somente pode ser sentido interiormente. E a luz sem o
calor se afastou da totalidade que a luz mais elevada de Deus destina-se
a se manifestar.
Há
também uma necessidade de esclarecer a diferença entre a humildade e a
humilhação, pois muitos temem se tornar mais humildes, acreditando que isto os
coloca em desvantagem em relação aos outros. Eles temem ser vistos como
“inferiores”. No entanto, a verdadeira humildade nada tem a ver com isto. Este
é um medo do ego, influenciado pelas distorções que não são reais. A verdadeira
humildade envolve honrar e respeitar a si mesmo como a todos.
Aqueles
que procuram permanecer na luz da verdade, devem sempre ligar esta verdade à
compaixão do coração, tanto o coração humano, quanto o Coração Divino do Ser,
pois na unidade do Todo, não há separação entre amor e verdade. Eles são um. E
para manifestar o Mais Elevado no plano físico, é também necessário manifestar
esta união sempre presente do amor e da verdade, da compaixão e do
conhecimento. Sem esta união, existe-se em um estado intermediário de trazer
verdades parciais e erros parciais.
Portanto,
honrem a todos ao seu redor e a própria vida, pois o estado de honrar contém em
si mesmo, tanto o amor quanto a reverência pela vastidão Daquele que é Tudo,
Aquele que dá vida a todos.
Abençoada
seja a Unidade sagrada que contém a vida e é vida.
Fonte:
Traduzido por: Regina
Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br